segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Cinesioterapia para Hérnia Discal-A Nível Lombar.
 Temos como finalidade orientar procedimentos práticos em exercícios para a estabilização da hérnia de disco evitando assim, a evolução da mesma. Levando em consideração que a maior ocorrência das hérnias de disco acontece a nível de L4 e L5 ou L5 e S1. Nos deteremos a prescrição e tratamento da hérnia quando ocorrer nesta região. Lembrando também que é possível a ocorrência de hérnias ainda a nível de L2 e L3 ou L3 e L4, sendo que as mais comuns ocorrem no já dito L4 e L5.



*CURIOSIDADES: L2 = 2ª Vértebra Lombar.
                               L3 = 3ª Vértebra Lombar.
                               L4 = 4ª Vértebra Lombar.
                               L5 = 5ª Vértebra Lombar.
                               S1 = 1ª Vértebra Sacral.

Hérnia de disco:
Ao iniciarmos as orientações sobre hérnia de disco devemos verificar primeiramente sua dimensão quantitativa, pois o que era considerado doença de “velho” atinge hoje a uma população cada vez mais jovem, lembrando que a hipocinesia (diminuição de movimento) já se tornou um problema de saúde pública, pois sabemos que um corpo com baixo nível de movimento nos enfraquece, e músculos fracos permitem que más posturas e ou de permanência (sustentadas), somadas à ação da gravidade, sobrecarreguem nosso esqueleto. Ocasionando problemas estruturais por vezes irreversíveis como a aqui tratada HÉRNIA DE DISCO, esta pode ser tratada e o quanto antes melhor.
TIPOS DE HÉRNIA DISCAL
1) Intra-esponjosa: Quando as fibras do anel fibroso são resistentes e há um afundamento dos platôs vertebrais.





2) Prolapso: Quando o núcleo permanece contido dentro das camadas do anel fibroso e das estruturas ligamentares.
                                                   
3) Extrusão: Quando o núcleo rompe o anel externo e fica sob o ligamento longitudinal posterior. Um caso particular é o da hérnia migratória sub-ligamentar.


4) Sequestro Livre: Quando o núcleo rompe o ligamento longitudinal posterior, podendo, inclusive, invadir o interior do canal vertebral .

Método Mackenzie:

Revisão exaustiva de trabalhos científicos, baseados em estudos clínicos, encontrou relevância nos resultados do Método Mckenzie®, um programa estruturado de exercícios, na diminuição e eliminação da dor nas costas.
Já há evidências científicas de que exercícios terapêuticos, autoconduzidos, permitem fazer a prevenção e remissão total de dores da coluna.
A dor nada mais é que uma resposta sintomática à uma disfunção articular (resposta mecânica do corpo).
O método constitui-se de avaliação, tratamento e profilaxia.
O potencial preventivo dos exercícios Mckenzie® é mais forte que cintas abdominais ou qualquer recurso que limite a movimentação da coluna. Eles são indicados de acordo com a avaliação específica do sintoma doloroso visando tratar a causa e dar autonomia ao paciente.






Exercício 1
1. Sente-se em uma cadeira
2. Incline-se à frente como mostrado
3. Mantenha por 30 segundos, suba devagar
4. Repita 5 vezes, 1 ou 2 vezes ao dia







Exercício 2
1. Deite-se de costas com as pernas esticadas e encaixe o quadril
2. Mantendo suas costas planas, deslize um calcanhar sobre a superfície em direção ao corpo
                                                        3. Retorne devagar
                                                        4. Repita 10 vezes, 1 ou 2 vezes ao dia
                                                        5. Repita com o outro pé


Exercício 3
1. Deite-se de costas com as pernas dobradas e encaixe o quadril (1)
2. Gire o quadril para baixo lentamente, arqueando as costas (2)
3. Mova o quadril até uma posição neutra (3)
4. Mantenha por 5 segundos
5. Repita 10 vezes, 1 ou 2 vezes ao dia







Exercício 4
1. Deite-se de costas com as pernas esticadas
2. Flexione a perna direita com as mãos até o seu tronco
3. Mantenha por 30 segundos e retorne
4. Flexione a perna esquerda com as mãos até o seu tronco
5. Mantenha por 30 segundos e retorne
6. Repita 10 vezes em cada perna, 1 ou 2 vezes ao dia 


Exercício 5
1. Depois de realizar o Exercício 4, fletir as duas pernas como mostra na figura
2. Manter por 30 segundos e retorne à posição inicial
3. Repita 10 vezes, 1 ou 2 vezes ao dia





Exercício 6
1. Apoi-se sobre as mãos e os pés, com as mãos afastadas na largura dos ombros e os joelhos na largura do quadril (1)
2. Com a cabeça abaixada e as costas convexa, dobre as pernas até que as nádegas toquem os calcanhares (2)
3. Erga a cabeça e as costas côncavas, delize o tronco para a frente até que os ombros estejam na altura das mãos (3)
4. Quando os ombros estiverem na altura das mãos, volte a posição inicial
5. Repita 5 vezes, 1 ou 2 vezes ao dia





FIQUE ATENTO!
Sinais e sintomas aparecem de acordo com a situação das estruturas comprometidas sendo o diagnostico clínico, juntamente com o exame de imagem, fundamental para sua identificação. Os fatores desencadeantes podem ser desde o sobrepeso devido à gordura abdominal ou sobrepeso em praticantes de atividades físicas até mesmo processos inflamatórios degenerativos provocados por alterações mecânicas da coluna vertebral (posturas defeituosas, escoliose). O repouso é recomendado, porém, não pode ser muito prolongado, pois a inatividade tem também a sua ação prejudicial sobre o aparelho locomotor. Assim que a atividade e a deambulação forem possíveis, o tempo de repouso pode ser encurtado e o paciente deve ser estimulado a retornar às suas atividades habituais.  Este aconselhamento resulta em retorno mais rápido ao trabalho, menor limitação funcional em longo prazo e menor taxa de recorrência. A cirurgia será indicada em caso de emergência, se o tratamento conservador não melhorar as dores, não melhorando a qualidade de vida do indivíduo.

 Acadêmicos do curso de Fisioterapia da Universidade Castelo Branco.
*Adriane Pereira;
*Ivanir Peruci;
*Leonardo Firmo;
*Luana Costa;
*Naira Fonseca.