Temos como finalidade orientar procedimentos
práticos em exercícios para a estabilização da hérnia de disco evitando assim,
a evolução da mesma. Levando em consideração que a maior ocorrência das hérnias
de disco acontece a nível de L4 e L5 ou L5 e S1. Nos deteremos a prescrição e
tratamento da hérnia quando ocorrer nesta região. Lembrando também que é
possível a ocorrência de hérnias ainda a nível de L2 e L3 ou L3 e L4, sendo que
as mais comuns ocorrem no já dito L4 e L5.
*CURIOSIDADES: L2 = 2ª
Vértebra Lombar.
L3
= 3ª Vértebra Lombar.
L4
= 4ª Vértebra Lombar.
L5
= 5ª Vértebra Lombar.
S1
= 1ª Vértebra Sacral.
Hérnia
de disco:
Ao iniciarmos as orientações sobre hérnia de disco devemos verificar
primeiramente sua dimensão quantitativa, pois o que era considerado doença de
“velho” atinge hoje a uma população cada vez mais jovem, lembrando que a
hipocinesia (diminuição de movimento) já se tornou um problema de saúde
pública, pois sabemos que um corpo com baixo nível de movimento nos enfraquece,
e músculos fracos permitem que más posturas e ou de permanência (sustentadas),
somadas à ação da gravidade, sobrecarreguem nosso esqueleto. Ocasionando
problemas estruturais por vezes irreversíveis como a aqui tratada HÉRNIA DE
DISCO, esta pode ser tratada e o quanto antes melhor.
TIPOS DE HÉRNIA DISCAL
1) Intra-esponjosa: Quando
as fibras do anel fibroso são resistentes e há um afundamento dos platôs
vertebrais.
2) Prolapso: Quando o
núcleo permanece contido dentro das camadas do anel fibroso e das estruturas
ligamentares.
3) Extrusão: Quando
o núcleo rompe o anel externo e fica sob o ligamento longitudinal posterior. Um
caso particular é o da hérnia migratória sub-ligamentar.
4) Sequestro
Livre: Quando o núcleo rompe o ligamento longitudinal posterior,
podendo, inclusive, invadir o interior do canal vertebral .
Método Mackenzie:
Revisão exaustiva de trabalhos
científicos, baseados em estudos clínicos, encontrou relevância nos resultados
do Método Mckenzie®, um programa estruturado de exercícios, na diminuição e
eliminação da dor nas costas.
Já há evidências científicas de que
exercícios terapêuticos, autoconduzidos, permitem fazer a prevenção e remissão
total de dores da coluna.
A dor nada mais é que uma resposta
sintomática à uma disfunção articular (resposta mecânica do corpo).
O método constitui-se de avaliação,
tratamento e profilaxia.
O potencial preventivo dos exercícios
Mckenzie® é mais forte que cintas abdominais ou qualquer recurso que limite a
movimentação da coluna. Eles são indicados de acordo com a avaliação específica
do sintoma doloroso visando tratar a causa e dar autonomia ao paciente.
Exercício 1
1. Sente-se em uma cadeira
2. Incline-se à frente como mostrado
3. Mantenha por 30 segundos, suba devagar
4. Repita 5 vezes, 1 ou 2 vezes ao dia
Exercício 2
1. Sente-se em uma cadeira
2. Incline-se à frente como mostrado
3. Mantenha por 30 segundos, suba devagar
4. Repita 5 vezes, 1 ou 2 vezes ao dia
Exercício 2
1. Deite-se de costas com as pernas esticadas e encaixe o quadril
2. Mantendo suas costas planas, deslize um calcanhar sobre a superfície em direção ao corpo
3. Retorne devagar
4. Repita 10 vezes, 1 ou 2 vezes ao dia
5. Repita com o outro pé
Exercício 3
2. Mantendo suas costas planas, deslize um calcanhar sobre a superfície em direção ao corpo
3. Retorne devagar
4. Repita 10 vezes, 1 ou 2 vezes ao dia
5. Repita com o outro pé
Exercício 3
1. Deite-se de costas com as pernas dobradas e encaixe o quadril (1)
2. Gire o quadril para baixo lentamente, arqueando as costas (2)
3. Mova o quadril até uma posição neutra (3)
4. Mantenha por 5 segundos
5. Repita 10 vezes, 1 ou 2 vezes ao dia
Exercício 4
2. Gire o quadril para baixo lentamente, arqueando as costas (2)
3. Mova o quadril até uma posição neutra (3)
4. Mantenha por 5 segundos
5. Repita 10 vezes, 1 ou 2 vezes ao dia
Exercício 4
1. Deite-se de costas com as pernas esticadas
2. Flexione a perna direita com as mãos até o seu tronco
3. Mantenha por 30 segundos e retorne
4. Flexione a perna esquerda com as mãos até o seu tronco
5. Mantenha por 30 segundos e retorne
6. Repita 10 vezes em cada perna, 1 ou 2 vezes ao dia
Exercício 5
2. Flexione a perna direita com as mãos até o seu tronco
3. Mantenha por 30 segundos e retorne
4. Flexione a perna esquerda com as mãos até o seu tronco
5. Mantenha por 30 segundos e retorne
6. Repita 10 vezes em cada perna, 1 ou 2 vezes ao dia
Exercício 5
1. Depois de realizar o Exercício 4, fletir as duas pernas como mostra na figura
2. Manter por 30 segundos e retorne à posição inicial
3. Repita 10 vezes, 1 ou 2 vezes ao dia
Exercício 6
2. Manter por 30 segundos e retorne à posição inicial
3. Repita 10 vezes, 1 ou 2 vezes ao dia
Exercício 6
1. Apoi-se sobre as mãos e os pés, com as mãos afastadas na largura dos ombros e os joelhos na largura do quadril (1)
2. Com a cabeça abaixada e as costas convexa, dobre as pernas até que as nádegas toquem os calcanhares (2)
3. Erga a cabeça e as costas côncavas, delize o tronco para a frente até que os ombros estejam na altura das mãos (3)
4. Quando os ombros estiverem na altura das mãos, volte a posição inicial
5. Repita 5 vezes, 1 ou 2 vezes ao dia
2. Com a cabeça abaixada e as costas convexa, dobre as pernas até que as nádegas toquem os calcanhares (2)
3. Erga a cabeça e as costas côncavas, delize o tronco para a frente até que os ombros estejam na altura das mãos (3)
4. Quando os ombros estiverem na altura das mãos, volte a posição inicial
5. Repita 5 vezes, 1 ou 2 vezes ao dia
FIQUE
ATENTO!
Sinais e sintomas aparecem de acordo com a situação das estruturas
comprometidas sendo o diagnostico clínico, juntamente com o exame de imagem,
fundamental para sua identificação. Os fatores desencadeantes podem ser desde o
sobrepeso devido à gordura abdominal ou sobrepeso em praticantes de atividades
físicas até mesmo processos inflamatórios degenerativos provocados por alterações
mecânicas da coluna vertebral (posturas defeituosas, escoliose). O repouso é recomendado, porém, não pode ser muito
prolongado, pois a inatividade tem também a sua ação prejudicial sobre o
aparelho locomotor. Assim que a atividade e a deambulação forem possíveis, o
tempo de repouso pode ser encurtado e o paciente deve ser estimulado a retornar
às suas atividades habituais. Este aconselhamento resulta em retorno
mais rápido ao trabalho, menor limitação funcional em longo prazo e menor taxa
de recorrência. A cirurgia será indicada em caso de emergência, se o tratamento
conservador não melhorar as dores, não melhorando a qualidade de vida do
indivíduo.
Acadêmicos
do curso de Fisioterapia da Universidade Castelo Branco.
*Adriane Pereira;
*Ivanir Peruci;
*Leonardo Firmo;
*Luana Costa;
*Naira Fonseca.
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